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quinta-feira, 22 de maio de 2014

O sentimento de culpa que atrai sofrimentos x Felicidade

Partindo do princípio de que “manifesta-se aquilo que a mente reconhece”, o sentimento de culpa está intrinsecamente ligado à quão feliz – ou infeliz - será o indivíduo e ou a humanidade.

Consta na Bíblia o ensinamento de Jesus sobre “Bem aventurados os que têm puro o coração” (S. Mateus 5.8), isto equivale a manter no coração a pureza espiritual. Em outras palavras, manter a firme convicção de que o homem é um ser espiritual, dignamente filho de Deus. Essencialmente só existirá sentimento de culpa enquanto o homem não atingir esta convicção e, vendo-se como um ser material limitado, culpar-se por não alcançar a “perfeição”.

Cabe aqui lembrar que o mundo fenomênico, enquanto manifestação, está constantemente buscando exprimir de maneira cada vez mais autêntica o Mundo da Imagem Verdadeira (mundo Perfeito criado por Deus, que consta em Gênesis), portanto, o desejo do homem em evoluir (tornar-se “puro”) é natural.  Porém, ninguém pode se tornar algo do qual não possua dentro de si tal possibilidade, isto é, uma semente de roseira não pode se tornar flor de Lótus, pois não contém tais características em sua semente. De modo similar, o homem não poderia tornar-se filho de Deus se já não o fosse. E sendo Deus o único Criador, podemos concluir que todos somos filhos de Deus.

Porém, como consta na Sutra Sagrada Chuva de Néctar da Verdade, surgiu em tempos remotos a ilusão fundamental que levou o homem a se julgar um ser material sujeito à pecado, doença e morte, e desde então, movido pelo seu subconsciente, o homem passou a criar diversas formas de infelicidade e autopunição. Num estudo mais profundo, chegamos à conclusão de que, houve um tempo em que a sociedade se encontrava tão arraigada na ideia de ser pecadora que “mandou Deus seu Filho, para que espiasse os pecados da humanidade”, mas em suma, não foi sacrifício o propósito de Jesus. Naquele tempo, e ainda hoje, as pessoas acreditavam que somente o sofrimento lhes aproximaria de Deus, movidas pela falsa-ideia de um Deus vingativo, qual punia friamente os pecadores. Então Cristo se entregou num gesto para remir totalmente os pecados da humanidade e torná-la livre, deixando antes diversos ensinamentos que comprovam nossa essência de filhos de Deus: “E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? (...) quanto mais vosso Pai, que estás no céu” (Mat. 8-11). 

Porém, é sabido que os pensamentos do subconsciente têm força-motriz para comandar o destino e enquanto o homem se julgar um ser pecador, tenderá a experimentar sofrimentos e desgraças diversas, como força de expiação. É claro que de forma consciente nenhum homem deseja o sofrimento, mas enquanto o vivencia, seu subconsciente experimenta uma espécie de prazer. Este é o fato que explica porque quanto mais fervorosa (fundamentalista) for uma pessoa religiosa, mais sofrimentos lhe são acometidas. Infelizmente, a ideia de “pecado original” é algo arraigado no subsconsciente de grande parte da humanidade. Talvez muitos questionem que nunca pensaram em tal possibilidade, por terem crescido em religião que não prega essa crença, porém devemos saber que já experimentamos vidas-passadas, e com certeza, em uma delas professamos religiões com esse tipo de crença. É preciso, pois, purificar nosso subconsciente a fim de aniquilar completamente tais pensamentos e alcançar a convicção de filho de Deus.

Exemplificando o sentimento de culpa, podemos usar ações simples do cotidiano. Todos já vivemos alguma situação em que a nossa consciência alertou não ser correto agir daquela maneira, porém o fizemos mesmo assim. Pode ser que no inicio tudo tenha prosperado, porém chegará a hora em que atrairemos alguma infelicidade, a fim de redimir aquele erro (ou seja, pagar tal pecado). Isso acontece porque nosso subconsciente, que é o local onde estão gravados os sentimentos de culpa e punição, age guiando nosso consciente a fim de atrair fatos negativos. Este é o momento em que o nosso consciente, sem se dar conta da ação subconsciente, experimenta o sofrimento, e o nosso subconsciente experimenta o prazer por ter seguidos sua “lei”.  

Devemos lembrar que tudo baseia-se na lei de causa e efeito, mesmo nossa mente individual também trabalha nesse padrão. Portanto, enquanto mantivermos a consciência de culpa, nosso subconsciente trabalhará no sentido de aniquilar essa culpa; e se nossos conceitos são de que “deve-se sofrer aquele que pecou”, fará parte do efeito  experimentar situações infelizes.

A ideia de punição não faz parte apenas da mente individual, mas da mente coletiva. Castigos e palmadas na infância, de certa forma influem para gravar este conceito em nossa mente. É por essa razão que, conforme a criança deixa de ser influenciada pela vida dos pais, leva para si mesma esse conceito de que quando errar ela precisará “pagar“. E quanto mais situações desse tipo se manifestarem, mais fortemente ficará gravado tal conceito em seu subconsciente.

Não cabe ao título falar sobre como eliminar da mente a ideia de culpa, porém quando o homem compreender que sendo ele filho de Deus é inerente Sua perfeição, aos poucos os sofrimentos irão se extinguindo, com a força da desintegração dos carmas/ilusões. Chegará, por fim, a hora em que este mundo se tornará o verdadeiro Paraíso, tal qual o Mundo da Imagem Verdadeira criado por Deus.

*Outras explicações sobre pecado já constam em publicações antigas, porém explanarei em texto brevemente, a fim de explicar o conceito de inexistência do pecado (quanto à Criação de Deus). Explicações detalhadas sobre manifestações da mente também serão postada.

2 comentários:

  1. A Paz começa comigo! Muito bom! Uma "tecnologia" a ser utilizada para chegar a herança divina é o Ho´oponopono. Luz!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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